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Cap. 15

Ilustração com a silhueta de um homem com chapéu de cowboy segurando um rifle com a mão direita e com a palma da mão esquerda voltada para a frente, em sinal de pare. Atrás do homem está escrito welcome to new heaven.

— Ele está com vocês? – pergunta o delegado de New Heaven apontando com seu rifle para o indígena.

— Comigo, não. Ele veio com esse aí — responde Wayne, apontando com a cabeça para Augustus.

— Eu estou com ele. – diz Augustus, apontando para Wayne.

O delegado olha para o xerife, que até pensa em dizer que não conhece a figura, mas imagina que Augustus acabaria voltando para Rotten Root e ainda levaria o índio junto.

— Sim — rende-se Wayne mordendo, logo em seguida, seu lábio inferior.

O delegado libera o grupo: — Tudo bem, podem passar.

— Por que toda essa vigilância? — pergunta Augustus enquanto entram na cidade.

Xerife: — Talvez não queiram estranhos entrando na cidade e dando trabalho, ainda mais trazendo um índio junto.

Augustus: — Qual o problema com os índios?

Xerife: — Qualquer cidade só existe porque mataram ou expulsaram os índios que viviam lá.

Augustus: — Então os índios é que deveriam estar zangados, não os brancos.

Xerife: — Os índios estão zangados, por isso não podem entrar e sair das cidades sozinhos. Não dá para confiar neles.

Augustus: — É injusto dizer isso só porque uma pessoa está zangada por ter sido expulsa de sua terra.

Xerife: — Se são confiáveis, por que seu amigo índio sumiu enquanto você ficava defendendo o povo dele para mim?

Augustus olha para os lados, procurando algum sinal do indígena, sem sucesso.

Xerife: — Esqueça dele. Só precisava de um branco para poder entrar na cidade. Vamos encontrar logo o xerife daqui, assim você e seu amigo índio viram problema dele e eu posso ir embora.

Os dois seguem até a cadeia. A porta e as janelas estão fechadas. Eles descem de suas montarias, o xerife vai até a porta e bate uma, duas, três vezes. Ninguém atende.

Augustus: — Não tem ninguém.

Xerife Wayne: — Vamos esperar aparecer alguém.

Augustus: — Vamos esperar no saloon? Seria bom tirar a poeira da garganta bebendo algo que não deixe seu rosto adormecido, como a bebida do Ramirez.

O xerife estufa as bochechas avaliando as opções, olha para a cadeia fechada, depois para Augustus, então para o saloon e começa a andar, dizendo: — Você paga.

Augustus: — Claro, você é meu convidado.

Enquanto eles se dirigem ao saloon, o padre chega à prefeitura de Rotten Root.
 

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